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quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Cabelos brancos nos homens dizem que é charme;
Cabelos brancos nas mulheres dizem que é desleixo;
Cinquentões como George Clooney, Richard Gere, Tom Cruise , “quanto mais velhos melhores”.
Já as cinquentonas, bastam colocar uma roupa mais curta para dizerem “podia respeitar a idade que tem!” 

Segundo pesquisa divulgada hoje, a vida começa aos 54 anos para homens;
Já para as mulheres começa muito antes, pois precisam ser “maduras” para cuidar dos filhos;
Vi um programa esses dias falando que os homens a partir dos 40 tornam-se mais bonitos por causa das marcas de expressão que deixam seus rostos mais simétricos. Isso mesmo!!!
Já para as mulheres já se vendem produtos de beleza para combater “rugas” a partir dos 25 anos de idade!!! Afinal, são sempre as mais jovens que são consideradas mais bonitas e atraentes.

Porque a maturidade não pode ser sinônimo de beleza para ambos?
O machismo, essa lógica que nos torna diferentes, que nos inferioriza, é mesmo muito cruel.
Sejamos livres dessas amarras! Todas nós, mulheres, somos lindas! Maduras, jovens, altas, baixas, negras, loiras, com cabelo pintado, com cabelo branco, gordas, magras...
F***-se quem pensar e propagandear o contrário! Não passarão!

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Reflexões sobre o 7 de outubro...

Minha postagem no facebook ao chegar ontem à Cinelândia foi: “Lindo ato! Ah, que coincidência, sem PM não teve violência!”

Pura verdade. Depois de percorrer toda a Avenida Rio Branco, ouvir várias palavras de ordem, cenas lindas, criatividade, fantasias, juventude de escolas e universidades, diversos sindicatos, bombeiros, médicos, bancários, aposentados, amigos das mais diversas profissões, conseguia finalmente lavar a alma... Parecia que todo aquele sentimento de enjôo, náusea e mal estar que havia tomado conta dos profissionais da educação deste o dia 1º de outubro, quando fomos massacrados pela PM, estava se dissipando. A sociedade em peso estava ali conosco, as camisetas pretas dos grevistas se diluíam em meio a tanta gente...
Saí do ato achando que nada iria acontecer, pois não tinha um policial sequer ao longo de toda a Rio Branco, fato inédito em todas as manifestações desde junho.
Ué, e por que o choque não estava lá dessa vez? A resposta é simples. Porque a PM, o governador e o prefeito estão com a imagem jogada na lama depois dos acontecimentos da última semana.

Pois bem, logo depois de sair de lá soube que os Black Blocs entraram em ação e a PM mais uma vez barbarizou...
Antes que venham me dar lições de moral , não sou a favor do método dos Black Blocs.  Ainda não, pois acho que a população precisa ser ainda mais politizada para cobrar antes de quebrar.  Mas, em relação a isso, quero dizer que:

- Não fiquei nem um pouco triste em ver mais vidraças de bancos quebradas, afinal, não tenho nenhum apreço por banqueiros e imagino que nenhum professor  tenha;
- Também  não fiquei triste p
elo incêndio na porta da Câmara dos Vereadores, tampouco acho que podemos classificar isso de meramente “vandalismo”. Vandalismo para mim é colocar grades de três metros de altura em toda Cinelândia, impedir a entrada de pessoas dentro da câmara de vereadores, conhecida também como “a casa do povo”, fazer votação às escuras e reprimir quem quer que seja que esteja ao redor daquele espaço. Portanto, incendiar a porta da câmara é apenas REAGIR a tudo isso. O incêndio da porta da câmara foi feito com uma banda marcial tocando Bella Ciao... Acreditam? Achei sensacional quando soube disso...
- Também não lamento o Clube Militar em chamas, não lamento o ônibus incendiado e blá blá blá todo o resto.

Apesar de achar a tática dos Black Bloc ingênua, eu respeito esses meninos corajosos que chutam de volta as bombas de gás lacrimogênio, que entrelaçam os braços e se põem na linha de frente com um madeirite para apanhar da polícia e servir como contenção ao avanço da PM sobre os outros manifestantes.

E de uma coisa eu tenho certeza: Sou CONTRA esse discursinho que a rede globo encampa de PACÍFICOS X VÂNDALOS. As infames manchetes dos jornais da organização Globo só vemos a retórica: "vândalos infiltrados", "mascarados infiltrados" como se o objetivo fosse separar a manifestação entre dois grupos. Uma limpa, clean, 'festa democrática', outra de "vândalos", "baderneiros" que não sabem o que é democracia. Essa postura é burra e limitada e insulta a nossa inteligência. A mídia sempre irá atacar o movimento sendo ele pacífico ou não! Criminalizam os Black Blocs no intuito de atribuir a eles aquilo que é feito pelo Estado. É a polícia do Rio de Janeiro que é a terrorista da história! São eles que batem, jogam bombas, atropelam sem prestar socorro. Quem está no dia das manifestações vê que a repressão não acontece só quando tem Black Bloc, acontece a todo momento, sem critério, sem lógica, conforme os acontecimentos da semana passada. Sim! A polícia vai continuar batendo com ou sem os Black, pois servem apenas para isso, para repressão e proteção do Estado.

Na ditadura dos militares acusavam de “subversivos” os que ousavam questionar a “ordem”, os que sequestravam embaixadores, políticos, ou que optavam pela luta armada. Agora na ditadura do Cabral/Paes acusam de “vândalos” os que quebram bancos. Posso não concordar com a tática dos Black Blocs, assim como não concordo com a tática de guerrilha utilizada em outros momentos históricos, mas não tenho dúvidas que estamos do mesmo lado da luta!

Achei por bem colocar essas questões, porém, que não percamos o FOCO! A tarefa é derrotar o plano nefasto que arrebenta com a categoria dos profissionais de educação do Rio de Janeiro e que destruirá a educação municipal. Com ou sem Black Blocs, essa é a nossa tarefa!

terça-feira, 16 de abril de 2013


Liberdade de expressão ou liberdade de opressão? No humor vale tudo?


Há quem diga que em piada vale tudo. E justifica o preconceito dizendo: “É humor!”
Programas tipo “Zorra Total” da Rede Globo emitem piadas sobre abuso sexual, incentivam a rir do pobre, de alguém que se ferra no metrô ou no trem lotado todos os dias, de alguém que é bulinada nesses lugares, da mulher feia, do negro, do gordo. Tudo vira motivo de piada. E o pior, os trabalhadores que passam por isso, riem. Riem da sua situação de desgraça e desconforto. Programas como esse não passam de aberrações e deveriam ser extintos da face da terra.
Porém, não é nem a esse tipo de humor que me dedico a escrever esse texto. Também não me refiro a programas como “Pânico” que revelam o mais alto grau de tolice, apoiando-se em mulheres nuas e seminuas para conquistar audiência a qualquer preço. Refiro-me a essa nova modalidade de humor chamada “Stand up”, à moda do vale tudo no humor e essa leva de humoristas que posam de cultos e inteligentes.
Nos últimos anos temos visto brotar um monte desse tipo de “humorista”, que parecem levar muita gente às risadas. Eles fazem piadas que dizem: “Se uma mulher feia for estuprada ela tem que aproveitar”, ou “O homem que estupra uma mulher feia não merece cadeia e sim um abraço”. (Rafael Bastos). Ou aqueles que dizem que não tem nada de mais em chamar um negro de macaco, como afirmou Danilo Gentili. Esse tipo de gente nem deveria ser considerada comediante. O que esses caras falam dá náuseas. E não tem nada de inteligente.
Criticar, fazer piadas, dentro de seu privilégio branco e heterosexual é muito fácil. O difícil é ser criativo, não jogar com o senso comum. É muito fácil fazer piadas com esteriótipos, desmontá-los é muito mais difícil e para isso esses “humoristas” não teriam a menor capacidade. É curioso que piadas sobre gays, mulheres, negros sejam contadas por brancos, bonitinhos e heterossexuais. Esses humoristas não fazem nada além de se privilegiar de sua posição na sociedade para oprimir outrem.
O problema passa a ser maior quando isso passa a influenciar as pessoas. Piada racista, riem. Machista, dão gargalhadas. Homofóbica então, acham muita, mas muita graça e ainda dizem que todos os “politicamente corretos” são chatos e incovenientes e que todos que contestam esse tipo de “humor” são mal amados, sem senso de humor, caretas, etc. Ainda vemos muitas vezes negros que fazem piada consigo mesmo ou mulheres que riem de sua condição e que acabam reproduzindo o preconceito do qual elas mesmas são vítimas.
Sou daquelas que acredita que existem maneiras de se fazer rir sem humilhações a quem quer que seja. Frases machistas que colocam as mulheres no lugar de submissão, objeto, frases racistas que colocam o negro como alguém de menor valor, ou homossexuais como alguém que não merece respeito. Tudo isso não deveria levar o nome de piada, e sim de imbecilidade.
Quem está errado é em quem insiste no preconceito ou quem luta contra eles?
Nesse caso, opto pelo politicamente correta sim, careta também. Chamar um negro de macaco não é e nunca foi engraçado.
Liberdade de expressão? Pra isso não! A liberdade termina onde começa o direito e o respeito pelo outro. Temos limites sim, todos temos! Eu não posso fazer tudo o que quero e nem falar tudo o que quero. Não podemos confundir liberdade de expressão com liberdade de opressão. Esse tipo de humor tem q ser extinto sim!
“É só uma piada...” Isso significa o que? Que não é uma opinião?
Dizer que é só uma piada querendo que não tenha um real significado é uma ignorância. O que esses caras fazem é política, pois qualquer manifestação artística pode se expressar de uma maneira conservadora e transformadora. Eles estão fazendo política e escolheram um lado, o da opressão e do senso comum. E na boa, não tem nada de inteligentes. É o senso comum que ri das suas piadas e isso deveria ser desconcertante para quem se acha inteligente. Buscar a inteligência deveria ser fugir do senso comum.
Fica a dica de um documentário excelente sobre esse papo. Mostra os dois lados, os dos “politicamente corretos” e dos humoristas de “stand up comedy”.
Qual lado é o seu?