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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Trocar o sujo pelo mal lavado ou o ladrão pelo assaltante? Itaú ou Bradesco?

Hoje participei de um teatro bem ensaiado. Atendimento VIP, atendentes obrigados a sorrir, tapete vermelho por todos os lados, estrutura de Hollywood,"benefícios", sorvetes, brindes e a grande apelação (camisas oficiais de time de futebol com desconto).
Assim está sendo a abertura de conta no Bradesco, após a licitação vencida pelo banco para a gestão do pagamento dos servidores estaduais do Rio de Janeiro.

Esse negócio está sendo uma briga de foice, afinal quem não quer gerir o pagamento, as contas e os empréstimos consignados de servidores que ganham mal (portanto grande parte faz empréstimos) e tem descontado em folha todos os meses sem nenhum risco a instituição financeira? Todos!
E parece que algumas pessoas estão vendo valorização em tudo isso. É o Bradesco oferecendo “benefícios” de um lado, o Itaú tornando os clientes Uniclass da noite para o dia... É preciso desconfiar!

O Bradesco deveria abrir a CONTA SALÁRIO (livre de tarifas e encargos), mas não é isso que está acontecendo! Eles estão abrindo arbitrariamente CONTA CORRENTE, oferecendo além do cartão de débito, o cartão de crédito, pacotes disso e aquilo, seguro disso e aquilo...
Atenção servidores! Fiquem no banco que vocês queiram, a portabilidade bancária serve pra isso! Não é uma imposição de banco algum!

Nenhum banco oferece BOAS condições. A portabilidade poderá ajudar escolher as menores tarifas dentre as piores.

E estou eu aqui, exausta de ter ido do outro lado da poça e ter perdido um dia inteiro pra ter que resolver isso...

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Reflexo e reflexão

Esses dias completei mais um ano de vida, cheguei aos 26. Estou deixando de ser jovem segundo padrões oficiais e posso ser considerada adulta de verdade. Olha que interessante...
Embora tenha responsabilidades há muito tempo e queira ter o espírito jovem enquanto viver, a sociedade adora nos impor várias coisas. Quanto maior a idade maior a responsabilidade, quanto maior a idade maior abandono do lúdico, quando maior a idade mais padrões a serem seguidos.
Morar com os pais, não estar casada, não pensar em ter filhos... Essas coisas podem parecer estranhas para alguém que já viveu ¼ de século. Afinal, já estou próxima dos trinta e isso deveria ser preocupante e causar desconforto, pois a “fonte de realização da mulher” seria casar, ter marido, filhos...
Minha fonte de realização, meus sonhos nunca foram nem serão esses ou apenas esses.
Não tenho nada contra filhos, casamentos sim. Não acredito que ter um nome que não é meu, um pedaço de metal redondo no dedo e uma benção em um templo com significados questionadores que irão garantir a minha felicidade. A verdadeira realização na vida a dois nunca foi garantida por isso, por mais que haja o costume e a hipocrisia que diz que a felicidade está aí. Acredito que a felicidade na vida a dois, para quem escolhe tê-la, está na capacidade de conversar, respeitar e somar ao invés de substituir e dividir.  
Me orgulho, (sem posicionamentos elitistas) de não freqüentar espaços e festas que deterioram a imagem da mulher, que transformam a mulher em simples objeto a ser consumido, de não usar roupas que marquem o meu corpo, como se apenas tivesse isso para mostrar e como se precisasse disso para conquistar algo na vida, desde um homem até um emprego.
Quero ser saudável, quero praticar esportes e exercícios físicos, mas meu objetivo maior não será ter uma bunda dura com 40 anos, um peito siliconado, um rosto sem expressividade de tanto botox aos 50. Não! Não e não! Isso não me realizaria.
Aliás, as mulheres deveriam saber que, algumas linhas no rosto, algumas marcas de estrias, celulites, não lhes tira a beleza. São apenas testemunhas de que fizeram algo em suas vidas e não tiveram anos ‘em formol’ nem em spa… Apenas viveram e receberam em seu corpo as marcas da vida.
Só cobranças... Pra que tantas? Que tal “viver a vida”, com a maior redundância que este termo pode trazer?
Geralmente quem utiliza a expressão “Viver a vida”, a utiliza de uma forma pequeno –burguesa, irresponsável, como se nada ao redor importasse, só a sua felicidade individual. Sendo que felicidade, como conceito universal não pode existir individualmente, portanto é um termo coletivo, só poderemos ser de fato felizes quando pudermos alcançar a felicidade plena, num mundo onde todos possam ter direito à felicidade. Fato que se torna impossível na sociedade em que vivemos.
Por isso, vivo a vida da forma que acredito ser a melhor, para mim e para os outros. Quero seguir sempre sonhando, acreditando e lutando por um mundo mais justo. Não quero perder o espírito jovem jamais, seguirei contestando, ao contrário de muitos jovens (velhos) que se mostram totalmente adaptados, estáticos e sem criticidade.
De uma juventude que não sonha, ou que acha que sonhar é apenas ter um carro novo, roupas da moda, consumir desenfreadamente e que desconhece a história, o mundo, a realidade que está inserida, dessa eu nunca fiz parte.
Esse tipo de coisa nunca me trouxe realizações, o que me realizará será sim, um mundo onde as pessoas se valorizem pelo que as outras são e não pelo que tem. Um mundo onde não haja a exploração do homem pelo homem, onde as relações sejam mais valorizadas, onde não haja opressão ao considerado diferente/ fora do padrão e que todos possam ter direito a felicidade plena.
Felizmente vejo a perspectiva...

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Sério mesmo! Não aguento mais os discursos moralistas e influenciáveis que estão 
se dando em torno da questão da PM no campus da USP.

A mídia mais uma vez, enfatiza toda e qualquer atitude de vandalismo que acontece e como sempre utiliza atitudes isoladas para difamar o movimento.

Atitudes como essa existem e geralmente são feitas por uma minoria que vem a prejudicar todo o resto. Tenho certeza que as atitudes de vandalismo não são defendidas por aqueles que estão envolvidos com as reais causas do movimento.

E a opinião pública, como sempre, cai nessa. Chamando os estudantes de vândalos, arruaceiros, etc.

Primeiro lugar: O movimento não é pra fumar maconha em paz! E sim, contra a presença da PM no campus!!
Isso é uma luta antiga, sempre fez parte da pauta dos movimentos dos estudantes nas universidades!

Não pode ser aceito é a presença da PM num campus de Universidade pública, local onde deve ser priorizado a construção do conhecimento e não a repressão.
E o papel da PM NÃO É SEGURANÇA, É REPRESSÃO! A mesma PM que está na USP, é a que sobe os morros e favelas para matar jovens, negros e pobres!

A USP, assim como todos os campus das universidades públicas precisam de outras soluções! Velhas conhecidas, como concursos para guarda universitária, necessariamente treinados pra isso e que não interfiram na autonomia das universidades